Vizinhos: amigos ou inimigos?
Boa convivência em condomínio depende do nível de envolvimento dos moradores. Propor ao grupo o desafio de solucionar ou minimizar os conflitos é essencial.
Vizinhos
Quando casamos, imaginamos que tudo serão amores e flores, mas os hábitos e costumes mais banais, como escova de dentes, forma de apertar o tubo da pasta de dentes, levantar ou não a tampa do vaso, toalha molhada na cama, piso molhado, entre outros, muitas vezes geram conflitos, mesmo se tratando de duas pessoas que dividem o mesmo teto e a mesma cama.
Aí chegam os filhos: o bebê que chora a noite inteira e vem sem manual de instruções, controle remoto ou pilhas que se possa tirar para um descanso. Os filhos crescem e muitas fases passam. Ensinamentos, momentos difíceis, alegrias, desencontros e reencontros de gerações, avos x netos, pais x filhos, como se administra isto? Ainda estamos em família, mas os filhos crescem e ai é chegada a hora de partir, enfrentar o mundo. As preocupações e o contentamento de viver em família não acabam, mas o ninho fica vazio.
Então pensamos: que tal morar em um condomínio? Lá é mais seguro e novamente teremos outros momentos de adaptação e desassossego. De onde vêm os nossos vizinhos? Qual o nível cultural? Hábitos? Costumes?
O condomínio tem piscina e, os avós, decidem usufruir desta comodidade, mas a piscina na casa da vovó é do condomínio e os netos querem levar, e se acham no direito de convidar, amigos, primos e os vizinhos?
Aí outros moradores cresceram e agora vão morar sozinhos pensando em fazer tudo que quiserem. Quem casou e saiu da casa dos pais, sem ter a menor noção do que é viver em condomínio, vai conviver com pessoas bem diferentes entre si. Haverá os que querem filhos e os que não querem. Quem adora cachorros e quem detesta animais, e por aí vai.
E agora, como vamos administrar tudo isto?
Precisamos criar regras, que sejam aceitas por todos em benefício da comunidade. Seria ótimo se todos cumprissem. Porém alguns vão desrespeitá-las, justificando suas infrações com argumentos: estacionei porque é uma emergência – que se repete diariamente –, estava chovendo, e é bem rapidinho.
Surge, então, alguém pra fiscalizar e aplicar punições aos infratores, representado pela figura do sindico. Quem se sentir lesado, pode recorrer à justiça e discutir seus direitos. E para quê servem as leis? Para disciplinar o povo, a comunidade, a família.
Mas a solução não está no síndico, no governo, no judiciário, nem na policia. E sim no individuo, que ao deixar de pensar no bem comum e olhando apenas seus interesses, acaba obrigando a criação de normas onde quanto maior venha a ser o controle e a vigilância, menor será o comprometimento por parte dos cidadãos.
A grandeza de um povo não é medida pela maneira como são cumpridas as leis, e sim como são seguidos os princípios que não estão escritos na lei: os valores, o respeito para com os outros e a ética.
Cidade limpa não é a que mais se varre, mas sim a que menos se suja. Para isto temos que ter tolerância, boa comunicação, bom senso, pensar no outro tendo as regras claras e conscientizadas, não necessitando de algo externo; sermos éticos e, principalmente, servindo de exemplo.
Qual é o maior problema/dificuldade?
No nosso condomínio? Propor ao grupo o desafio de solucionar ou minimizar os conflitos decorrentes de situações deste tipo.
Como podemos obter melhores resultados?
Procurando comprometer, envolver e aproveitar o potencial e a disponibilidade de todos inclusive das crianças e dos idosos, duas faixas etárias que tem muito a ensinar e que, quando o assunto é bem viver, são os primeiros a colaborar.
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