Arquiteto belga projeta arranha-céus para abrigar fazendas verticais na China
Arquiteto projeta arranha-céus com fazendas verticais na China, para resolver o problema gerado pelo êxodo rural e urbanização desorganizada do país. Veja!
Arranha-céus para abrigar fazendas verticais.
Vincent Callebaut, um renomado arquiteto belga conhecido por sua preocupação com o meio urbano e por suas constantes tentativas de transformá-lo a partir de uma visão ecológica, desenvolveu um de seus últimos projetos pensando na situação da China.
A proposta é desenvolver seis arranha-céus que abriguem fazendas verticais, como solução para resolver o grave problema do êxodo rural em massa no país.
Desde que Hong Kong retornou à China, o crescimento urbano aumentou descontroladamente e a cidade está praticamente se fundindo com Shenzhen. No final de 2011, na China, o número de habitantes nas cidades ultrapassou o número de habitantes na zona rural. Considerando que há 30 anos apenas um em cada cinco chineses viviam na cidade, os habitantes da cidade representam, agora, 51,26% da população total de 1.347 mil milhões de pessoas, população de deve aumentar para 800 milhões de habitantes até 2020.
E é nesse cenário que o empreendimento se encaixa, tentando trazer equilíbrio sustentável.
O desafio é criar um sistema de urbanização fértil e com emissão zero de carbono, resultando em energia positiva, a fim de incentivar o desenvolvimento econômico e proteger o ambiente, simultaneamente.
Dessa forma o padrão de vida da população chinesa vai aumentar, respeitando a qualidade e a expectativa de vida de todos.
O projeto, chamado Asian Cairns, propõe a construção de um polo multifuncional e ecológico, em Shenzhen, na China e, de acordo com o arquiteto, suas fazendas sustentáveis produziriam muito mais energia do que consumiriam, tudo a partir da produção de alimentos e do aproveitamento de energia eólica e solar.
O complexo reciclará, ainda, a água cinza – água residual não industrial, removendo os poluentes através de sistemas de fito-depuração.
O ambicioso projeto arquitetônico de Callebaut envolve a construção de três grandes eco espirais entrelaçados, representando os elementos fogo, terra e água, dispostos em torno de outro importante elemento: o ar. Cada espiral, por sua vez, circunda duas grandes torres, formando um ecossistema urbano.
Seu nome, Asian Cairns, significa dólmen, em inglês, que são pilhas de pedras construídas pelo homem desde períodos pré-históricos como monumentos religiosos ou somente para demarcação de território.
E essa intenção do arquiteto torna-se bem obvia ao somente olharmos para o projeto, que faz alusão a esses montes de pedras.
Cada uma das grandes “pedras” da construção abrigam, além do espaço para agricultura, ambientes para moradia, lazer e trabalho.
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