Onde o mercado imobiliário está em alta? Confira o ranking das cidades com maior demanda segundo o novo IDI Brasil
O ranking mercado imobiliário Brasil revela as cidades com maior demanda por imóveis em 2025, segundo o novo IDI nacional.
O ranking mercado imobiliário Brasil, divulgado em julho de 2025, revela quais cidades brasileiras estão com a maior procura por imóveis residenciais, segundo a 4ª edição do IDI (Índice de Demanda Imobiliária).
Com um cenário de estabilização da Selic e otimismo no setor da construção civil, o estudo analisa 77 municípios com forte potencial para empreendimentos verticais. A iniciativa é fruto de uma colaboração entre CBIC, Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta.
A 4ª edição do Índice de Demanda Imobiliária (IDI Brasil), publicada em julho de 2025, mostra um panorama detalhado das cidades brasileiras com maior potencial de venda de imóveis verticais.
O levantamento é fruto de uma colaboração entre a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, reunindo dados de 77 municípios de todas as regiões do país.
Esse índice se consolida como uma ferramenta estratégica para incorporadoras, construtoras e investidores do setor imobiliário, permitindo decisões baseadas em dados concretos de comportamento de mercado.
A seguir, veja quais são as cidades que mais se destacam na demanda por imóveis, separadas por faixa de renda.
Demanda imobiliária no segmento econômico
No grupo de famílias com renda mensal de até R$ 12 mil, faixa que compõe o segmento econômico, e representa boa parte do mercado consumidor, a cidade de Curitiba (PR) assume a liderança com uma nota de 0,877, seguida de perto por São Paulo (SP) com 0,853, e Fortaleza (CE), que pontuou 0,847. Completam o top 5 Goiânia (GO), com 0,743, e Sorocaba (SP), com 0,724.
Sorocaba, inclusive, se destaca entre as poucas cidades do ranking que não são capitais, o que evidencia o crescimento do interior paulista como polo de investimentos imobiliários, especialmente voltado ao público de menor renda.
Segmento médio: destaque para Goiânia e avanço de Belém
Para as famílias que possuem renda entre R$12 mil e R$24 mil, o estudo mostra uma liderança de Goiânia, com índice de 0,805, seguida por São Paulo (0,797) e Curitiba (0,772). Brasília (DF) também se posiciona entre as primeiras colocações, com 0,731.
A cidade de Belém (PA) chama atenção por ter dado um salto significativo no ranking: ganhou 17 posições em relação ao trimestre anterior, evidenciando um novo fôlego na procura por imóveis de padrão médio na região Norte.
Sorocaba também figura entre as cinco primeiras nesse segmento, com 0,724, reforçando seu desempenho positivo em múltiplas faixas de renda.
Alto padrão: São Paulo lidera, mas Goiânia surpreende
Segundo o ranking mercado imobiliário no Brasil, entre os consumidores com renda superior a R$24 mil, o destaque permanece com São Paulo (SP), que atinge uma nota de 0,809.
Em segundo lugar aparece Goiânia (0,790), consolidando sua força em todos os segmentos avaliados, seguida por Brasília (0,767), Fortaleza (0,719) e Florianópolis (0,681).
Neste grupo, também se observou o avanço de cidades que anteriormente estavam fora do radar de alto padrão, como Santo André (SP), que subiu 12 posições.
Isso reforça a tendência de descentralização da demanda de luxo para regiões metropolitanas e interiorizadas, onde o custo-benefício é mais atrativo.
Cidades que mais cresceram e perderam espaço
Além de medir o desempenho atual, o IDI Brasil também serve como um termômetro para observar mudanças dinâmicas na atratividade dos mercados locais.
Três municípios se destacaram pelo crescimento expressivo no trimestre:
Sorocaba (SP): presença em todas as faixas com notas acima da média.
Belém (PA): avanço marcante no segmento médio.
Santo André (SP): destaque no alto padrão.
Por outro lado, Salvador (BA) aparece como a cidade que mais perdeu espaço no ranking, com quedas registradas em todas as faixas de renda avaliadas.
Como funciona o IDI Brasil?
O Índice de Demanda Imobiliária (IDI) é resultado de uma metodologia robusta, construída com base em seis pilares principais que medem desde o comportamento de consumidores até variáveis econômicas locais.
Entre os principais critérios estão:
Demanda potencial: cálculo baseado na população economicamente ativa e nos dados do IBGE;
Emprego e renda: informações extraídas do CAGED e da Receita Federal;
Ofertas disponíveis: medição da concorrência e da saturação de anúncios;
Atividade de CRM: análise de leads captados por plataformas como a CV CRM;
Competitividade do mercado: avaliação da oferta X demanda real;
Pontuação composta: ponderação de todos os fatores por especialistas do setor.
A atualização trimestral garante que o índice reflita com precisão o momento atual do mercado, permitindo correções rápidas de rota por parte das empresas e investidores.
Importância estratégica para o setor
Segundo José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC, o IDI Brasil ajuda a indústria da construção a identificar oportunidades reais de negócio, antecipar comportamentos do mercado e evitar investimentos mal direcionados.
Isso contribui diretamente para o aumento da eficiência nas políticas de habitação, seja no setor público ou privado.
Além disso, o índice serve como ferramenta de apoio à inteligência comercial e ao planejamento urbano, especialmente nas cidades que buscam crescimento estruturado e sustentável.
Ranking do mercado imobiliário no Brasil completo 2º trimestre de 2025
Segmento de renda | 1º lugar | 2º lugar | 3º lugar | 4º lugar | 5º lugar |
Econômico (até R$ 12 mil) | Curitiba (0,877) | São Paulo (0,853) | Fortaleza (0,847) | Goiânia (0,743) | Sorocaba (0,724) |
Médio (R$ 12 mil a R$ 24 mil) | Goiânia (0,805) | São Paulo (0,797) | Curitiba (0,772) | Brasília (0,731) | Sorocaba (0,724) |
Alto padrão (acima de R$ 24 mil) | São Paulo (0,809) | Goiânia (0,790) | Brasília (0,767) | Fortaleza (0,719) | Florianópolis (0,681) |
Conclusão
O IDI Brasil oferece uma visão aprofundada das tendências de demanda no mercado imobiliário, permitindo que empresas do setor tomem decisões mais embasadas.
Cidades como Curitiba, Goiânia, São Paulo e Sorocaba se destacam em diferentes faixas de renda, mostrando que o mercado está longe de ser homogêneo e que existem oportunidades estratégicas distribuídas por todo o país.
Para quem atua na área, seja como investidor, incorporador ou corretor, entender o comportamento regional da demanda é uma vantagem competitiva essencial.