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Mercado imobiliário brasileiro mantém crescimento mesmo com juros altos

O mercado imobiliário brasileiro mostra registra aumento de lançamentos e vendas no 3º trimestre de 2025, apesar dos juros elevados.

Mercado imobiliário brasileiro mantém crescimento mesmo com juros altos

O setor do mercado imobiliário brasileiro voltou a apresentar bons resultados no terceiro trimestre de 2025, apesar de um cenário de juros em patamar elevado.

Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com a consultoria Brain Inteligência Estratégica, foram registradas 108,8 mil unidades lançadas entre julho e setembro, e as vendas somaram aproximadamente 101,3 mil unidades.

Acumulado no ano até então, os lançamentos totalizaram 307,4 mil unidades, um aumento de 8,4 % em relação aos primeiros nove meses de 2024.

As vendas do mesmo período somaram 312,2 mil unidades, avanço de cerca de 5%.

O resultado demonstra que, mesmo com a taxa Selic mantida em 15 %, o mercado imobiliário brasileiro conseguiu seguir atuante.

Principais indicadores

Lançamentos

No 3º trimestre de 2025 foram lançadas cerca de 108,8 mil unidades no país, elevando o acumulado do ano a 307,4 mil unidades, ou seja, um crescimento de 8,4 % frente ao mesmo período de 2024.

Vendas

As vendas de unidades somaram aproximadamente 101,3 mil unidades no trimestre, e cerca de 312,2 mil unidades no acumulado do ano, o que representa cerca de 5% de crescimento sobre o ano anterior.

Volume financeiro

O Valor Geral Lançado (VGL) no trimestre atingiu cerca de R$ 68,5 bilhões, e no acumulado do ano atingiu aproximadamente R$ 198,9 bilhões, o que representa alta de 22,9 % sobre 2024.

O Valor Geral Vendido (VGV) ficou em cerca de R$ 62,3 bilhões no trimestre e R$ 188,7 bilhões no acumulado, com crescimento de 13,2%.

Desempenho por região

A análise regional revela trajetórias distintas:

A região Centro-Oeste exibiu a maior expansão percentual de lançamentos no trimestre: +53,5% com 7.313 novas unidades.

O Sudeste liderou em termos absolutos: cerca de 59,8 mil lançamentos, alta de 4,3% sobre o trimestre anterior.

A região Norte foi a única a apresentar retração: queda de 34,4% com 2.757 unidades.

No acumulado de 12 meses, o Brasil alcançou um recorde histórico de aproximadamente 433 mil unidades lançadas.

Papel dos programas habitacionais e demanda existente

O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) seguiu como motor importante do setor: no trimestre, ele respondeu por 47% dos lançamentos e 44% das vendas.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, a participação do programa nos lançamentos chegou a 66%.

A oferta disponível no programa era de 110,5 mil unidades ao fim do 3º trimestre.

Se o ritmo de vendas fosse mantido, essa oferta se esgotaria em cerca de sete meses.

Além disso, a intenção de compra de imóvel nos próximos 24 meses atingiu 48% dos entrevistados, contra 46% no mesmo período de 2024.

Entre a geração Z (21 a 28 anos), essa intenção sobe para 61%. Entre baby-boomers (61 a 79 anos), o índice cai para 25%.

Conforme o economista-chefe da Secovi‑SP, Celso Petrucci, esse aumento de intenção de compra entre os jovens representa uma renovação da base de consumidores do mercado imobiliário.

Fatores que sustentam e os desafios presentes

Fatores de sustentação

A forte demanda por habitação no país: o recorde de lançamentos no acumulado mostra que existe uma base de necessidade habitacional que continua ativa.

A relevância dos programas habitacionais como o MCMV, que mantêm volume de participação significativo no setor, ajudando a compensar partes do mercado mais sensíveis aos juros elevados.

A intenção de compra elevada, especialmente entre públicos mais jovens, sinalizando que o imóvel continua sendo visto como ativo de segurança e investimento.

Desafios a considerar

Apesar do crescimento no acumulado, o cenário de juros altos pressiona o custo do crédito imobiliário, o que pode frear partes da demanda, especialmente nos segmentos que dependem de financiamento elevado. Observam-se recuos pontuais, conforme análise da CBIC/Wertheim.

O descompasso entre lançamentos e vendas em alguns nichos do mercado pode gerar aumento de estoque ou maior tempo para liquidez, o que obriga construtoras e incorporadoras a manutenção de estratégia mais afinada. Por exemplo, em um segmento houve queda nas vendas de 6,5% no trimestre, segundo outra fonte.

A dependência de subsídios habitacionais ou programas governamentais em parte do setor, o que acentua a vulnerabilidade frente a mudanças de política ou pressões fiscais.

Implicações para quem atua ou investe no setor

Para incorporadoras, construtoras, investidores ou mesmo anunciantes no segmento imobiliário, algumas implicações práticas emergem:

Atenção ao público-alvo: a geração Z mostra elevado potencial, portanto estratégias de marketing que captem esse público podem render bons resultados.

Segmentação importante: enquanto os imóveis financiados com dependência de crédito mais elevado enfrentam maior pressão, imóveis do programa habitacional ou com entrada mais acessível parecem mais resilientes.

Gestão de estoque e velocidade de vendas: com alguma desaceleração em partes do mercado, é importante monitorar o tempo médio de giro dos imóveis, ajustar preços, ofertas e estratégias de divulgação.

Valorização como investimento: com a intenção de compra alta e os imóveis sendo considerados como ativos, campanhas que enfatizem esse posicionamento podem ganhar força.

Promoção de programas habitacionais: aproveitamento da participação de programas como MCMV pode ser diferencial competitivo para quem atua no mercado voltado a imóveis mais acessíveis.

Considerações finais

Mesmo em um ambiente desafiador, marcado por juros elevados e condições econômicas complexas, o mercado imobiliário brasileiro demonstrou que ainda possui fôlego.

O crescimento nos lançamentos, o bom volume de vendas acumuladas e a persistente demanda habitacional reforçam que este setor mantém relevância, tanto do ponto de vista econômico quanto social.

Entretanto, para que esse desempenho seja sustentável, será necessário que os agentes do setor estejam atentos aos sinais de acomodação da demanda, ajustem suas estratégias ao público-alvo, ao nível de financiamento e à velocidade de liquidez dos imóveis.

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