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Evergrande em colapso: como a crise chinesa sacode o mercado global

A crise imobiliária na China, marcada pelo colapso da Evergrande, abala famílias, empresas e impacta a economia global.

Evergrande em colapso: como a crise chinesa sacode o mercado global

Nos últimos anos, a China tem enfrentado uma das maiores turbulências econômicas de sua história recente: a crise do setor imobiliário, e um exemplo disso foi o colapso da Evergrande.

A incorporadora já foi símbolo do crescimento chinês e que hoje representa um dos maiores fracassos corporativos do planeta.

O caso ilustra não apenas a fragilidade de um modelo baseado em endividamento agressivo, mas também levanta questionamentos sobre a capacidade da segunda maior economia do mundo de sustentar seu ritmo de expansão.

Enquanto investidores, governos e famílias observam de perto, o desfecho dessa crise poderá redefinir os rumos da economia chinesa e influenciar diretamente o cenário econômico global.

Quem é a Evergrande e como ela entrou em colapso?

Fundada em 1996, a Evergrande se tornou rapidamente uma das maiores incorporadoras da China, responsável por mais de 1.300 projetos em 280 cidades do país.

Além do setor imobiliário, o grupo expandiu suas operações para áreas como carros elétricos e até futebol, com o time Guangzhou FC.

No auge, chegou a valer mais de US$ 50 bilhões e consolidou seu fundador, Hui Ka Yan, como o homem mais rico da Ásia.

No entanto, sua estratégia baseada em endividamento agressivo levou a empresa a acumular passivos de cerca de US$ 300 bilhões, tornando-se a construtora mais endividada do mundo e símbolo da atual crise imobiliária chinesa.

Agora, em Agosto de 2025, a Evergrande foi oficialmente retirada da Bolsa de Valores de Hong Kong.

A medida marca um novo capítulo da crise que se arrasta há anos e expõe a fragilidade do setor imobiliário chinês.

Especialistas afirmam que não há retorno após a exclusão, tornando o colapso definitivo.

O peso do setor na economia chinesa

O mercado imobiliário representa quase um terço da economia chinesa.

Durante décadas, ele foi motor de crescimento do país, atraindo investimentos das famílias e sustentando governos locais.

Agora, o desaquecimento afeta diretamente o consumo, a poupança e a confiança da população.

O efeito dominó econômico

A desaceleração já reduziu o ritmo de crescimento do PIB da China para cerca de 5% ao ano, índice considerado baixo para um país acostumado a registrar mais de 10% em décadas anteriores.

Além disso, a retração do setor afeta cadeias produtivas ligadas à construção civil, como siderurgia, cimento e materiais elétricos, que dependem diretamente do aquecimento imobiliário.

Como a Evergrande chegou ao colapso

A trajetória da incorporadora imobiliária foi marcada por expansão acelerada e dívidas bilionárias.

Seu fundador, Hui Ka Yan, que em 2017 era o homem mais rico da Ásia, viu sua fortuna despencar de US$ 45 bilhões para menos de US$ 1 bilhão.

Em 2023, a Evergrande pediu falência nos Estados Unidos e, em 2024, foi ordenada sua liquidação pelo Tribunal de Hong Kong, atestando o seu colapso.

Dívidas e tentativas frustradas

Antes da queda, a Evergrande acumulava US$ 300 bilhões em dívidas, tornando-se a construtora mais endividada do planeta.

Diversas tentativas de reestruturação falharam e até agosto de 2025, a companhia havia vendido apenas US$ 255 milhões em ativos frente a um passivo de US$ 45 bilhões.

A discrepância revela o tamanho do desafio para credores, investidores e autoridades que ainda buscam minimizar as perdas.

Consequências do Colapso da Evergrande para trabalhadores e famílias

A crise atingiu fortemente trabalhadores da construção civil, muitos dos quais perderam seus empregos ou tiveram salários cortados.

Para as famílias, que costumam investir suas economias em imóveis, a desvalorização de até 30% dos preços significou perda direta de patrimônio e poder de compra.

Além disso, com a incerteza sobre entregas de obras inacabadas, milhões de chineses vivem o drama de ter investido em imóveis que talvez nunca sejam concluídos. 

Esse cenário gera desconfiança no setor e alimenta protestos e disputas judiciais em várias cidades do país.

A resposta do governo chinês

Pequim anunciou medidas para estimular o mercado, como apoio a compradores de imóveis, incentivos ao setor automotivo e injeções bilionárias de capital. 

Apesar disso, o Partido Comunista da China tem evitado resgatar diretamente as incorporadoras, para não estimular comportamentos de risco em um setor já marcado pelo endividamento excessivo.

Estratégia de transição

O governo de Xi Jinping parece enxergar a crise como uma oportunidade para acelerar a transição econômica da China. 

Em vez de apostar no setor imobiliário como motor de crescimento, o país tem direcionado esforços para áreas estratégicas, como tecnologia, carros elétricos, energia renovável e robótica. 

Essa mudança indica que o modelo de crescimento baseado em construção pode estar chegando ao fim.

O futuro do setor imobiliário na China

Especialistas avaliam que a crise ainda está longe do fim. 

Outras empresas, como a Country Garden e a China South City Holdings, também enfrentam processos de liquidação e negociações com credores. 

Analistas como o Goldman Sachs projetam queda nos preços até 2027, enquanto consultorias afirmam que a recuperação será lenta e incerta.

Um cenário sem garantias

Embora algumas medidas governamentais tenham gerado alívio momentâneo, a perspectiva de uma recuperação rápida é improvável, pelo menos por agora.

A confiança abalada, o alto nível de endividamento das empresas e a mudança de prioridades do governo dificultam a retomada plena do setor.

Para muitos analistas, a crise imobiliária chinesa pode se tornar uma das mais longas e complexas da história recente.

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