Você sabe quais os modelos de carros mais antigo vendido no Brasil? Confira
Descubra quais modelos de carros seguem à venda no Brasil há décadas, por que resistem e se ainda valem a compra em 2025.
Fonte: Stellatins MediaOs modelos de carros que atravessam décadas e continuam à venda no Brasil dizem muito sobre o nosso mercado: robustez, custo de manutenção, rede de assistência e fidelidade do público.
Neste guia, você vai conhecer os veteranos que ainda estão nas concessionárias, entender por que sobreviveram e quando valem a compra.
Como definimos os modelos de carros mais antigos
Para este levantamento, consideramos o ano de estreia do nome do modelo no Brasil e verificamos se segue em linha em 2025 (mesmo com reestilizações e novas gerações).
Em casos de produção local iniciada depois da estreia global, mencionamos ambos os marcos quando relevante.
Por que esses veteranos resistem
Proposta acertada: atendem nichos grandes (frotistas, pequenos negócios, agro, famílias).
Rede e peças baratas: manutenção previsível e peças disponíveis.
Atualizações pontuais: pacotes de segurança, motorizações mais eficientes e leves retoques visuais, sem perder a essência.
Fiat Fiorino (desde 1980 no Brasil)
A Fiat Fiorino nasceu no comecinho dos anos 1980 derivada do 147; depois migrou para a família Uno e, desde 2013, usa a base do Uno novo. Recebeu atualização em 2021/2022 de visual e conteúdo, permanecendo como líder entre os furgões compactos. Evidências históricas situam o início da linha em 1980, com a Fiorino 147; a evolução para Uno veio em 1988, e o furgão segue firme até hoje.
Por que ainda vende: custo baixo, simplicidade mecânica e versatilidade para entregas urbanas.
Quando vale a compra: se você precisa de baú compacto e manutenção barata. Para uso misto família-trabalho, um hatch maior ou uma picape leve pode fazer mais sentido.
Curiosidade histórica: a Fiorino deu origem a versões e “gêmeos” de outras marcas dentro da Stellantis na América Latina.
Volkswagen Saveiro (desde 1982)
A picape leve Volkswagen Saveiro estreou em 1982, derivada do Gol, e atravessou gerações com foco em robustez para o trabalho e uso urbano. Matérias técnicas registram o teste de estreia em outubro de 1982 e relembram marcos da evolução do modelo.
Por que ainda vende: é a “operária” que atende desde pequenos comércios até quem quer uma caçamba sem gastar como em uma picape média.
Quando vale a compra: para quem precisa de caçamba, mas não quer o custo de uma S10 ou L200. Versões cabine dupla aumentam a usabilidade no dia a dia.
Chevrolet S10 (desde 1995)
A S10 inaugurou as picapes médias produzidas no Brasil em 1995 e nunca saiu de linha. Com múltiplas atualizações, segue como uma das referências entre médias de chassi. O modelo chegou por aqui em 1995; a GM celebrou 25 anos de S10 brasileira em 2020.
Por que ainda vende: conjunto resistente, rede de concessionárias ampla e opções a diesel pensadas para trabalho e estrada.
Quando vale a compra: frotas, agro e quem puxa reboque ou roda em estradas de terra com frequência. Para uso 100% urbano, avalie custo de pneus, consumo e seguro.
Fiat Strada (desde 1998)
Lançada em 1998, derivada do Palio, a Strada virou sinônimo de picape compacta no Brasil, liderando o mercado por duas décadas e recebendo uma nova geração em 2020. Aliás, o veículo é um dos modelos de carros mais vendidos no Brasil a alguns anos.
Publicações lembram que o “carro vendido hoje é, basicamente, o mesmo que ganhou as ruas em 1998” em proposta, embora a engenharia tenha evoluído muito.
Por que ainda vende: equilíbrio entre robustez e dirigibilidade, boa capacidade de carga para o porte e ampla disponibilidade de peças.
Quando vale a compra: para quem alterna trabalho e lazer e quer caçamba com dirigibilidade próxima à de um carro de passeio.
Mitsubishi L200 (no Brasil desde 1998; global desde 1978)
A picape L200 da Mitsubishi tem história global desde 1978 e produção brasileira iniciada em 1998 em Catalão, GO.
Ao longo do tempo, a linha ganhou a derivação Triton e evoluiu em conforto e segurança, sem abrir mão do foco off-road.
Por que ainda vende: reputação de robustez em condições severas e versões 4×4 verdadeiramente aptas ao trabalho pesado.
Quando vale a compra: uso rural, mineração, obras e trilhas. Para cidade, verifique manobrabilidade e consumo antes de decidir.
Toyota Corolla (produzido no Brasil desde 1998; global desde 1966)
Globalmente, o Corolla nasceu em 1966. No Brasil, sua produção começou em 1998 e o modelo construiu reputação de confiabilidade e revenda forte. Há registros detalhados das gerações e da mudança de planta (de Indaiatuba para Sorocaba) planejada em 2024.
Por que ainda vende: manutenção previsível, solidez mecânica e pós-venda robusto. A gama atual oferece opções híbridas e aspiradas com bom equilíbrio.
Quando vale a compra: para quem prioriza confiabilidade, conforto e custo total de propriedade.
Vale a pena comprar um veterano hoje?
Depende do uso e do ciclo de vida do projeto:
Trabalho severo e logística: Fiorino, Saveiro, Strada, S10 e L200 brilham quando a planilha de custos importa mais que tecnologia de ponta.
Uso familiar/urbano: Corolla entrega conforto, consumo contido e custos previsíveis.
Revenda: veteranos com grande frota ativa tendem a reter valor por facilidade de peças e procura constante.
Pontos de atenção
Nem todo veterano é “projeto velho”: muitos receberam pacotes de segurança, eletrônica revisada e motores atualizados.
Compare peso em carga útil, consumo real e cobertura de assistência na sua região.
Avalie seguros: picapes médias e furgões podem ter prêmio maior em áreas urbanas.
Dicas finais de compra
Teste drive com carga: em picapes e furgões, rode com peso real para sentir suspensão e frenagem.
Custo por km rodado: some combustível, revisões, pneus e seguro; veteranos costumam vencer aqui.
Segurança e tecnologia: verifique se há controle de estabilidade, assistentes e itens ADAS na versão desejada.
Uso urbano x rodoviário: diâmetro de giro, visibilidade e câmbio contam na cidade; torque e estabilidade pesam na estrada.
Conclusão
Os modelos de carros que sobrevivem por décadas no Brasil não são “fósseis”; eles se reinventam sem romper com o que os tornou populares: robustez, simplicidade e custos previsíveis.
Se o seu foco é trabalho e racionalidade, Fiorino, Saveiro, Strada, S10 e L200 seguem escolhas sólidas.
Para família e conforto, o Corolla continua sendo sinônimo de compra segura. O segredo é casar o seu uso real com o que cada veterano entrega hoje.