Brasil terá 15 marcas de carros chineses até 2025; veja a lista
Carros chineses no Brasil ganham força: 15 marcas estarão ativas até 2025, com preços de R$120 mil a R$300 mil e produção local.
Fonte: FreepikO Brasil vive um momento de transformação no setor automotivo e agora o que não faltam nas ruas são carros chineses.
Só para ter uma noção, até o final do ano, nada menos do que 15 marcas chinesas de carros estarão operando no país, confirmando a relevância da China como uma das maiores potências da indústria automobilística mundial.
Essa movimentação não apenas amplia a diversidade de opções para o consumidor brasileiro, mas também desafia o domínio de marcas tradicionais como Volkswagen, Fiat e GM.
Atualmente, algumas montadoras da China já estão bem estabelecidas no mercado nacional, oferecendo desde modelos de entrada até veículos de maior valor agregado.
Outras, por sua vez, têm desembarque previsto para os próximos meses, consolidando um movimento que já está sendo chamado por especialistas de “invasão chinesa”.
Marcas já presentes e as que ainda vão chegar
Hoje, o consumidor brasileiro já encontra nas concessionárias locais nomes como:
GWM (Great Wall Motors)
BYD
CAOA Chery
JAC Motors
Omoda & Jaecoo
GAC
Zeekr
Neta Potenza
Mas a lista não para por aí. Até o final de 2025, também estão previstas as chegadas de:
Leapmotor
SAIC
Changan
FAW Trucks
Dongfeng
BAIC
Com esse reforço, o Brasil terá 15 fabricantes de origem chinesa atuando de forma oficial, algo que até pouco tempo parecia distante para o mercado nacional.
Preços dos carros chineses no Brasil e posicionamento no mercado
A variedade de marcas também traz diversidade nos preços.
Os modelos mais acessíveis, como o JAC E-JS1 e o BYD Dolphin Mini, começam na faixa de R$ 120 mil, competindo diretamente com hatches compactos e elétricos de entrada de marcas já conhecidas no país.
Na outra ponta, há modelos de luxo, como os oferecidos pela Zeekr, que podem ultrapassar os R$ 300 mil.
Isso mostra que a estratégia das montadoras chinesas não se restringe a um único público, mas busca atender desde consumidores que procuram custo-benefício até aqueles que desejam tecnologia, sofisticação e exclusividade.
Mesmo com o peso do imposto de importação, que varia de 20% a 35%, as empresas demonstram confiança no potencial do Brasil.
A aposta está em um consumidor cada vez mais aberto a novas marcas e interessado em veículos eletrificados, área em que a China se destaca mundialmente.
Produção nacional e grandes investimentos
Outro fator que reforça a alta presença de carros chineses no Brasil é o investimento em produção local.
A GWM, por exemplo, inaugurou uma fábrica em Iracemápolis (SP) e já anunciou um plano ambicioso de investir R$ 10 bilhões até 2032.
A BYD, que já se consolidou como uma das líderes globais na produção de carros elétricos, também está investindo pesado no Brasil.
Sua planta na Bahia possui capacidade para produzir 150 mil veículos por ano, número que a coloca como uma das maiores operações de uma marca chinesa fora da Ásia.
Esses investimentos mostram que a presença das montadoras não será passageira, mas parte de uma estratégia de longo prazo para consolidar espaço no país.
Importações de carros chineses no Brasil
O impacto dessa movimentação já pode ser visto nos números.
Apenas no primeiro semestre de 2025, o Brasil importou 134,6 mil veículos da China, o que representa 62,1% de todos os automóveis importados pelo país.
Esse número é histórico e simboliza um crescimento três vezes maior do que o volume importado da Argentina, tradicional parceira comercial do Brasil no setor automotivo.
Além disso, marcas como BYD, CAOA Chery e GWM já superaram a marca de 110 mil veículos vendidos até julho de 2025, o que equivale a uma participação de 10,46% do mercado nacional.
Esse desempenho coloca os fabricantes chineses logo atrás das marcas mais tradicionais, mostrando que a disputa pela preferência do consumidor está apenas começando.
O que esperar para os próximos anos?
O movimento das montadoras chinesas no Brasil vai muito além da simples importação de veículos.
Ele representa uma estratégia de expansão global em um dos maiores mercados consumidores do mundo.
Para os brasileiros, isso significa mais opções, mais tecnologia e, principalmente, mais concorrência, algo que pode ajudar a equilibrar preços e acelerar a transição para veículos elétricos e híbridos.
Vale ressaltar que nos últimos meses algumas das montadoras mais tradicionais do mundo se juntaram contra o incentivo do governo às marcas chinensas no Brasil.
Com a chegada de novas marcas e a consolidação das que já estão por aqui, a expectativa é que o setor automotivo nacional se torne ainda mais competitivo, forçando até mesmo as montadoras tradicionais a repensarem suas estratégias.