BYD agora tem o carro de produção mais veloz do mundo: 496 km/h
A BYD surpreende e crava 496 km/h com o Yangwang U9 Xtreme, reivindicando o título de carro mais rápido do mundo!
Fonte: Yangwang autoA corrida para coroar o carro mais rápido do mundo ganhou um novo capítulo.
A BYD, por meio da submarca de luxo Yangwang, anunciou que o hipercarro elétrico U9 Xtreme atingiu 496,22 km/h em Papenburg, na Alemanha, resultado que o colocaria acima de nomes históricos como Bugatti e Koenigsegg.
A façanha reacende o debate sobre o que define “carro de produção” e quais critérios tornam um recorde oficial, mas, sem dúvida, muda o eixo da discussão sobre velocidade máxima no universo dos elétricos.
O feito histórico da BYD
Segundo reportagens especializadas, o Yangwang U9 Xtreme ultrapassou a marca dos 496 km por hora em ATP Automotive Testing Papenburg, um dos templos de alta velocidade da Europa.
O piloto alemão Marc Basseng conduziu o carro no recorde, e a própria BYD divulgou vídeos do VBOX com telemetria.
Para uma empresa que já lidera globalmente em volume de elétricos, conquistar o topo de velocidade injeta reputação técnica e narrativa de performance em um segmento onde a Europa reinava há décadas.
O carro em si: Yangwang U9 Xtreme em números e soluções
Para entregar quase 500 km/h, o U9 Xtreme combina um sistema elétrico de 1.200 V, quatro motores com potência combinada na casa de 3.000 cv, bateria Blade de alta densidade e um pacote aerodinâmico com foco absoluto em estabilidade em alta velocidade.
Os pneus usados na tentativa foram semi-slicks específicos para top speed, e o acerto de suspensão ativa ajuda a manter o contato do conjunto com o piso em velocidades extremas.
Destaques técnicos, em linguagem direta:
Arquitetura elétrica de altíssima tensão para reduzir perdas e aquecer menos os cabos em potência máxima.
Quatro motores independentes, com vetorização de torque para corrigir trajetórias milimetricamente.
Bateria Blade da BYD, conhecida por segurança estrutural e estabilidade térmica, crucial em uso extremo.
Calibração de suspensão e aerodinâmica pensadas para pista de alta velocidade, com arrasto reduzido.
Por dentro do recorde: onde, como e com quem
O palco foi o circuito oval de Papenburg (ATP), que permite longas retas para aceleração sustentada.
A tentativa foi conduzida por Marc Basseng, piloto com larga experiência em Nürburgring e em testes instrumentados. Veículos de apoio e instrumentação externa (como VBOX) registraram a velocidade.
A imprensa internacional acompanhou os desdobramentos e divulgou bastidores do dia do recorde.
E as regras do jogo? O que conta como “recorde oficial”
Nem todo número vira “recorde oficial” de primeira. Há pelo menos três pontos de atenção:
Bidirecionalidade: muitos órgãos e listas exigem duas passagens em sentidos opostos, com a média definindo o recorde, para mitigar vento e inclinação. A passagem do U9 Xtreme reportada foi unidirecional.
Produção e entregas: alguns livros e enciclopédias exigem unidades entregues a clientes ou um mínimo produzido.
A BYD indica série limitada prevista em cerca de 30 unidades, o que pode se enquadrar como “produção” para parte da imprensa, mas ainda levanta debate até as primeiras entregas.
Auditoria externa: entidades independentes costumam validar medição e condições. A divulgação de dados e vídeos ajuda, mas a anotação “oficial” pode levar tempo até consolidar em registros amplamente aceitos.
Comparação rápida com ícones da velocidade
Para dimensionar o avanço, vale um quadro de referência:
Bugatti Chiron Super Sport 300+: 490,48 km/h (unidirecional em 2019).
Koenigsegg Agera RS: 447,19 km/h (média bidirecional, 2017) em estrada pública fechada, referência histórica pela metodologia.
Hennessey Venom F5: ainda persegue validação plena acima de 482 kms por hora com média bidirecional.
Yangwang U9 Xtreme: 496,22 km/h reportados em 2025; restam pendências de metodologia e status de produção/entregas.
O que esse avanço significa para o futuro dos elétricos
O recorde do U9 Xtreme mostra que a discussão “desempenho de ponta é coisa de motor a combustão” ficou antiga.
A entrega de potência instantânea dos motores elétricos, aliada a sistemas de gestão térmica e eletrônica de potência maduros, permite saltos que antes pareciam ficção.
Se a BYD consolidar esse número, a narrativa pública sobre elétricos ganha uma vitrine poderosa, impactando percepção de marca, atração de talentos de engenharia e apetite de investidores em tecnologia automotiva.
Limitações práticas: onde um carro de 496 km/h faz sentido
Mesmo sendo o carro mais rápido, ninguém sustenta velocidades assim fora de ambientes controlados. Há limitações claras:
Uso viário: velocidades reais em estrada são regidas por lei e segurança.
Pneus e manutenção: pneus de top speed têm desgaste acelerado e faixa estreita de temperatura.
Infraestrutura: pistas longas e lisas são raras; logística e custos de operação fogem do cotidiano.
Em resumo, esse tipo de carro é uma vitrine tecnológica.
Ele aponta tendências e derruba barreiras, mas seu uso é basicamente restrito a pistas e demonstrações.
Conclusão
Se a consolidação do número de 496,22 km/h se mantiver nos registros amplos, a BYD terá dado um passo histórico, deslocando o eixo da velocidade máxima para o universo dos carros elétricos e para a engenharia chinesa.
Mesmo com as discussões metodológicas, o recado está dado: a nova fronteira de desempenho combina alta voltagem, software sofisticado e gestão térmica de ponta.
Para quem acompanha tecnologia automotiva, o carro mais rápido hoje é mais do que um troféu; é um laboratório sobre rodas que antecipa soluções que veremos em modelos de rua nos próximos anos.