Produtividade nas Ruas: Guia Definitivo de Moto para Entregadores
Saiba como escolher a moto ideal para entregas, unindo economia, resistência e conforto para garantir mais lucro e menos gastos nas ruas.
Fonte: FreepikNo dia a dia corrido das entregas, sua moto é mais que um veículo, é sua ferramenta de trabalho, sua parceira de jornada e a garantia do seu sustento.
Escolher a moto certa significa a diferença entre lucrar mais no final do mês ou gastar tempo e dinheiro com manutenção desnecessária.
Este artigo vai direto ao ponto: quais motos realmente entregam economia, resistência e produtividade para quem vive da estrada.
A realidade das ruas brasileiras exige a moto certa
Trabalhar com entregas no Brasil significa enfrentar trânsito pesado, asfalto irregular, chuva, sol forte e jornadas que podem passar de 10 horas diárias.
Sua moto precisa aguentar esse ritmo sem falhar.
Não é o luxo que você procura, é a confiabilidade.
Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), as motos de até 160 cilindradas representam mais de 70% das vendas no Brasil em 2024.
Não é coincidência: são justamente essas motos que oferecem o melhor custo-benefício para o trabalho de entregas.
O que realmente importa na hora de escolher sua moto
Consumo de combustível: cada litro conta
Uma moto que faz 40 km/l versus uma que faz 50 km/l pode parecer pouca diferença, mas faça as contas: rodando 200 km por dia, você economiza até R$ 150 por mês só em combustível.
Em um ano, são quase R$ 2.000 que ficam no seu bolso.
As campeãs de economia atualmente no mercado brasileiro, como por exemplo, a Yamaha Neo 125 e a Honda Elite 125, conseguem médias reais de 45 a 50 km/l em uso urbano.
Fuja de promessas mirabolantes, o que vale é o consumo real nas ruas, não o número do laboratório.
Manutenção simples e barata
Peças caras e difíceis de encontrar são o pesadelo de qualquer entregador.
A moto ideal para trabalho deve ter:
Uma corrente que dura 20 mil km ao invés de 10 mil km representa economia real.
Um motor que pede troca de óleo a cada 3.000 km ao invés de 1.000 km significa menos tempo parado e mais tempo produzindo.
Conforto que se traduz em produtividade
Depois de 8 horas pilotando, cada detalhe da ergonomia faz diferença.
Banco confortável, posição de pilotagem adequada e suspensão que absorve bem os buracos não são frescura, são investimento na sua saúde e capacidade de trabalhar mais e melhor.
Uma moto desconfortável causa dores nas costas, nos braços e nas pernas.
Resultado: você trabalha menos horas, faz menos entregas, ganha menos no final do dia e, ainda por cima, pode ter problemas físicos no futuro.
As motos que dominam as ruas (e por quê)
Honda CG 160: a veterana confiável
A CG 160 não é a moto mais moderna ou bonita do mercado, mas entrega o que promete.
Motor de 160cc com injeção eletrônica, consumo médio real de 35-45 km/l na cidade e manutenção que qualquer mecânico faz de olhos fechados.
Pontos fortes da CG 160 para entregas:
O modelo Start, mais básico, atende perfeitamente quem busca economia máxima. Já a versão Titan oferece um pouco mais de conforto sem pesar muito no bolso.
Yamaha Factor 150: a moto perfeito para quem busca equilibrio
A Factor 150 conquistou espaço entre entregadores por combinar economia e desempenho equilibrado.
Com motor de 150cc, faz média de 40-45 km/l e tem manutenção relativamente simples.
Diferenciais da Factor 150:
Honda Bros 160: uma opção de moto resistente
Para quem enfrenta ruas esburacadas e até alguns trechos de terra, a Bros 160 é parceira ideal.
Sua configuração com rodas maiores e suspensão de curso longo absorve melhor as irregularidades do piso.
Vantagens da Bros 160 para o trabalho:
O consumo fica em torno de 35-46 km/l, um pouco abaixo das street, mas compensa pela versatilidade e durabilidade.
Yamaha Fazer 150: a moto versátil
A Fazer 150 oferece um meio termo interessante: tem carenagem que protege do vento e chuva, mas mantém a agilidade de uma moto urbana.
O motor de 150cc entrega potência suficiente para ultrapassagens seguras.
Características que favorecem o entregador:
O investimento que se paga
Uma moto nova custa entre R$ 12.000 e R$ 18.000 nas categorias mencionadas.
Parece muito, mas veja a matemática do retorno:
Trabalhando com aplicativos de entrega, a média de ganho líquido fica entre R$ 2.500 e R$ 4.000 mensais, dependendo das horas trabalhadas, da região e da demanda.
Uma moto econômica e confiável permite trabalhar mais horas com menos gastos.
Comparando: alugar uma moto custa entre R$ 600 e R$ 1.000 por mês.
Em 18 meses, você já pagou o valor de uma moto nova no aluguel, e não tem patrimônio nenhum.
Financiando em 48 parcelas, você paga cerca de R$ 400 mensais e no final tem um bem que continua valendo dinheiro.
Além disso, sendo proprietário, você pode personalizar a moto com baú maior, antena corta-pipa e outros acessórios que aumentam sua produtividade.
Dicas práticas para economizar de verdade
Manutenção preventiva sempre compensa
Trocar óleo no prazo certo evita desgaste prematuro do motor e ajustar a corrente previne o desgaste da relação.
Além disso, calibrar pneus semanalmente economiza combustível e aumenta a vida útil deles.
Crie uma rotina:
Pilotagem econômica aumenta o lucro
Acelerar e frear bruscamente gasta mais combustível, desgasta mais peças e cansa mais o piloto.
Manter velocidade constante, antecipar o trânsito e usar o motor de forma suave pode economizar até 20% de combustível.
Na prática: rode na faixa de rotação ideal do motor (geralmente entre 4.000 e 6.000 rpm), evite acelerações desnecessárias e use o câmbio de forma inteligente.
Personalize para produzir mais
Investir em acessórios certos aumenta sua capacidade de trabalho:
A decisão que muda sua renda
Escolher a moto certa para entregas não é sobre ter o modelo mais novo ou bonito.
É sobre ter a ferramenta que vai permitir você trabalhar mais, gastar menos e construir seu patrimônio.
Uma moto econômica e resistente significa:
O mercado de entregas cresce a cada ano no Brasil.
Dados do setor mostram que o número de entregadores cadastrados em aplicativos passou de 4 milhões em 2024.
É um mercado competitivo onde cada detalhe de eficiência conta.
Sua moto é seu escritório móvel, sua fonte de renda, sua independência, portanto, investir na moto certa é investir no seu futuro profissional.
Analise suas necessidades, faça as contas, teste os modelos disponíveis e tome a decisão que vai impulsionar sua produtividade nas ruas.
Lembre-se: a moto mais cara nem sempre é a melhor para trabalhar.
A moto ideal é aquela que une economia de operação, durabilidade comprovada e adequação ao seu tipo de trabalho.
Com a escolha certa, cada quilômetro rodado se transforma em lucro real no seu bolso.